15.1.12

vou fingir não te conhecer. irás ser mais um desconhecido que por mim passará na rua, e mesmo se eu te olhar, não será com olhos de ver. vou fingir não te lembrar. irei esquecer que um dia fizeste parte da minha vida e que te dei a conhecer o mais íntimo de mim. vou fingir não ter acontecido. irão falar de ti e eu não reconhecerei o teu nome nem recordarei a tua face. vou fingir não consentir. continuarei a manter-te longe, bem longe, sem nunca mostrar que o ressinto. vou fingir não te falar. deixarei de te dar a importância que pensas que tens e passarei a ignorar todas as tuas chamadas. vou fingir não sofrer. independentemente do meu coração já ter recuperado parcialmente da queda, haverá sempre pedaços de lembranças que reacenderão a faísca. mesmo depois de tudo, de toda a porcaria que fizeste e causaste, eu sempre acreditei, inconscientemente, que um dia tu mudarias. e com isto tudo, eu friso que nunca mais haverá nada entre nós. tiveste tempo mais que suficiente para te arrependeres e cresceres, para pensares e perceberes que isto deixou de ser um jogo no momento em que vi que tinhas seguido em frente. aprende que isto é real, e a Jéssica que conhecias, aquela menina com medo de dizer NÃO e ADEUS já cresceu. só não te mando para o outro lado porque, primeiro, ainda tenho algum respeito e consideração pelas pessoas; segundo, quando o fizer será mesmo para sempre, e aí nem os pedidos de desculpa nem o arrependimento trarão de volta uma palavra que seja. cresce, aprende, sofre. sintas ou não algo, deixou de ser relevante. chega de brincadeiras, vive a tua vida que eu já vivo a minha. 
simplesmente já não quero saber e isto não é a fingir.

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